Sunday, December 13, 2009

O canal é o canal

Todos que moramos na maravilhosa e mal-cheirosa cidade do Recife e precisamos enfrentar o seu tráfico de veículos hodiernamente para executar nossas atividades normais ficamos muito indignados. A cidade cresceu sem planejamento, o transporte público é uma bosta, os sinais não são sincronizados e os motoristas praticam muito bem o conceito de direção ofensiva. Por outro lado, tem água pra caralho nessa cidade e ela (a cidade) se distribui quase que completamente em uma planície ao nível do mar. E não é novidade nenhuma que os caminhos aquáticos poderiam ser utilizados para o transporte dos seus cidadãos. E são, apesar da falta de qualquer institucionalização ou regularidade. O Capibaribe corta a cidade de oeste a leste numa trajetória geograficamente retilínia. Transformá-lo numa avenida fluvial seria uma coisa formidável, desde que os barcos pudessem ser rápidos e eficientes. Além disso, prestar-se-ia um pouco mais de cuidado com a conservação da limpeza do rio, que é relativamente limpo em comparação a outros rios urbanos. Mas existe outra linha de pensamento sobre transporte público aquático que não exclue de forma alguma a idéia do Capibaribe. Aquele canal asqueroso da Agamenon Magalhães, bem que podia funcionar como via fluvial para transportar cidadãos. É claro que o canal precisaria ser limpo e outras obras estruturais precisariam ser realizadas. Mas, ia ser muito legal e útil. O canal da Agamenon tem cerca de 5 km de extensão e vai do Hospital Português ao Tacaruna. Ou seja, toda a avenida, que corta o centro-leste da cidade e é a melhor ligação entre Recife e Olinda, aquela cidade artística e carnavalesca. Além disso, a cidade tem mais pelo menos 3 canais de grande extensão. Um deles é o que passa em frente ao Shoping Recife. Esse é o maior da Região Metropolitana e vai bater lá na antiga Lagoa do Náutico em Jaboatão. Mas tratando-se só da capital, corta todo o bairro de Boa Viagem, o maior e o com o pior trânsito da cidade. E tudo isso relativo aos canais, poderia ser de uso exclusivo para o transporte público. Até porque seria complicado organizar o tráfico de barcos particulares em um espaço tão pequeno. Tudo isso significa metrolização do transporte público, conceito que virou a bola da vez no planejamento das grandes cidades.

3 comments:

Ubaldo Bacia said...

po... pensei q aqui era só para falar merda.
Tou decepcionado com o blog!

Jeová de Jesus said...

caro ubaldo

a gente fala merda, po. afinal o que há dentro do canal?

Anonymous said...

quais grandes cidades fazem isso?
tu deixarias teu carrinho em casa e sairia andando de barco ou é mais uma "eu soluciono, mas não quero usar" ?